Wednesday, March 14, 2007

Nada. No pasa nada. Espero. Respiro. Con la garganta amarilla miro la pantalla. Nada.

Qué raro es la vida… Hace cinco años no querría nada más que estar a querer nada: adelgazar, noviar, coquetear, trabajar, viajar, estudiar… No: sobrevivir. Hace cinco años solo quise esto. Y tuve que reunir todas mis fuerzas para cargar el mundo en mis espaldas, mi mundo.

Y aquí estoy otra vez. Mucho más leve, una pluma. ¿Y qué? Qué más me da… No pasa nada.

Pá qué tanto apuro, pá qué tanta prisa, noches blancas, días oscuros. No pasa nada.

Friego los ojos y continúo.

Sí, y busco. Quizás alguien que vea lo que más escondo. Tal vez alguien que busque mis ojos aún cuando estén cerrados, huyendo; que los encuentre.

Nadie. No queda nadie. Espero. Respiro. Con la garganta tinta miro alrededor. Nadie.

Qué raro es la vida… Hace cinco años no querría a nadie más. Sobreviví, pero no enteramente. Algo quedó detrás. La anestesia del cuerpo, la voracidad de los ojos, la exactitud de los movimientos. El reposo del alma.

Correteando; chocándose con otras gemelas almas (a veces, genéticamente modificadas). Caigo, levanto, derrumbo, tropiezo, robo, entrego, pido, espero, vivo… Siempre y sin mas; a veces mucho más.

¿Y qué? Luego estaré aquí otra vez. Mucho más leve, libre.

Porque “una es más autentica cuanto más se aproxima de lo que ha soñado de sí misma”.

Es hora de despertarse…

¡Apúrese!

Tuesday, March 06, 2007

Passagens

... e quando nos faltar as palavras
os sentidos, as cores
o que teremos?
o que ainda teremos?
recuerdos
promessas
o que foi dito
o passado.

... e quando tua ausência for tudo o que me restar
o que terei?
tu em meu passado
nós num tempo que não voltará mais.

Mas sem tudo isso, não há verbos,
tempos,
estados
ações
ontem, hoje, depois
felicidade.
Nunca poderei tê-los se a ti não tenho
nunca tive
espera...




“As pessoas precisam de um conforto para aceitarem que são finitas”.
Essa é a causa da existência da(s) religião(ões)?
Será?
Ainda há quem diga que se nós fôssemos vacas, nosso deus também seria uma. Será? Talvez.
O certo é que há tanto, tanta coisa em meio ou entre essa “finitude” de que não sabemos ao certo o que é certo.
Acho que, ao fim, todos estamos... Há tantas verdades quanto humanos, quanto seres que as constroem.

E aqui estamos.
E assim seguimos.

E assim eu vou.
Vamos.
Levamos (e damos...)

Eu só preciso de uma testemunha.
Pra vida.
Pra minha vida.
Queria uma nossa vida.

last point

Escrever, escrever, escrever. Quando voltaste? Até quando estarás aqui?

Sou, fui, serei, tantas. E sempre mais uma. Cada vez mais.

Hoje tenho alguém, algumas vezes. E não o quero sempre, penso que cada vez menos, sou mais que isso.

Cômico, é o meu ser. Ações, facetas, trejeitos, sempre e tudo margeando o ridículo, o riso. Fuga.

Às escuras continuo. Hoje uma luz me entrou pelas frestas de minh’alma. Há uma saída? Já a vivenciei daquele lado, é só uma ilusão, passageiro, efêmero.

Raiva. De estar, ficar, e não ver nada além do momento outrora vivido, mais uma vez posteriormente vivido. O conquistar tem que ser constante, cama apenas seria masturbação a dois. Assim, melhor sozinha.

Mundos a minha volta. Espreitam, rodeiam-me, comprimem, dilatam, exasperam fluidos olorísticos e táteis ao meu redor. Paro, como sempre. No devaneio de observar me deleito, viajem num rio sem leito, sem margem. O descortinar de horizontes às vezes escurece a vista, as pupilas todavia estavam dilatadas pela escuridão.

Já não enxergo nada.

Lejano CL

Neste momento sinto tantos outros
Que virão
Que se foram
Há aqueles que nunca ocorreram.
Mas ainda assim existiram.
E você neles.
Os olhares que não trocamos
Os beijos que até então não demos
O amor que nunca fizemos
Os toques que jamais envolveram meu corpo ao teu
Talvez a distância nos separe
Ou nos induza ao desencontro
Talvez todo o encontro já se deu
E o que exista sobreviva por ela
Ainda assim é real
E tentadoramente disposto à concretização
Espero vivendo momentos

Last time

Ainda recordo aquela chuva.
A olhá-la eu estava e, em mim, você.
Se foram, você e ela.
Ás vezes a vejo; você, não mais.
Agora paro, é a última vez que te menciono.
E que escrevo?
04/11/05

Lejanía

Adonde voy veo tus ojos.
Es así que tú estás, tan cerca
pero tan lejos de mí.
Cambiaré, seré otra, para lograrte
seguro.
Vivo intentando huir de eso, como se malo fuera
podrá no ser, veré.
Aún así sigo.
Queriéndote.
Sin ti.
(09/11/05)

Roto

Qué hicimos
Qué hicimos de nuestra vida, una
Tantos cellos
sellos
Para qué

Ahora tenemos nuestras vidas, dos
Y cariños
Y casos
Y descubiertas
En otros brazos

Estoy a perderme, por un rato
por un hilo
Helado
Darse sin ganas
Ganar sin darse
No tú- otro

No más tenerte
No más creer en nosotros
morimos
matamos
mundo nuestro

Ayer, a menudo
Hoy, a momentos- interminables

Flores
Violeta- chiste
Roja- pasión … ¿sueño?
Que queda.

escrever

Escrever é um ato de mostrar-se ao mundo e descobrir-se nele, nas idas e vindas das palavras. No fluir dos pensamentos há o encontro do Eu com o Outro, e isso é singular. É um dos dois únicos casos em que a física quase se equivoca ao afirmar que dois corpos nunca ocupam um mesmo lugar no espaço e ao mesmo tempo - escrever é estar COM
fazer em PRO de si ou de outrem(ns)
METER-SE em algo ou alguém
(16/11/04)

Ø

Se sentires os olhos baçar ao abri-los
E vedes outra que não seja eu
Fecha-os novamente.

Penses em mim.

Essas lembranças conterão o teu pranto
E te farão procurar os meus toques
E achar algo em alguém que não eu
Meu ventre pulsante
Meu colo ofegante
Meu corpo destemido a te envolver.

Chega de sentimentalismo de esquina
Em qualquer rua há uma, ao menos

Nada de procurar brilho perdido em outros olhos-o dos meus era único
Assim Ele se foi
E hoje é ele
E não voltará nunca
Também fui, e nunca mais serei
estou
sinto
?definitivo em existo

Pra que palavras-mediações simbólicas da linguagem
Pra que sentimentos-instrumentos mediadores da alma
Descaracterizo-me como ser
não mais sinto
Mas ainda assim existo
E insisto em me encontrar
E as palavras não respondem-amontoam-se... aditivamente.

(15/11/04)

Na Alcova

A pouca luz que se adentra
neste ambiente
O silêncio atordoante que move
meus pensamentos
O anestésico parar depois de tantos atropelos
Começo a ouvir algo bem distante
Será a voz de minha consciência?
Cansaço
Cansaço alegre.
Alegre
Alegre infeliz.
Infeliz
Infeliz saudável.
Saudável
Saudável solitário.
Solitário
Necessário.

(09/11/04)

Points

“Só o conhecimento liberta”, Nietzsche. De quê? O que é a liberdade? Seria um estado qualquer de paz e quietude? Ou seria um outro, de irremediável conformismo com a dor do existir? Será mesmo que a tomada de conhecimento de tudo que nos envolve nos pode levar a esse ponto tão buscado por tantos?
Sou muitas. Muitos são os sonhos, os desejos, os anseios. O maior deles é o de, um dia, chegar a um lugar de certezas, onde não haveria mais dúvidas, talvezes, relativismos. Um lugar onde eu apenas seria uma, fixa, firme, invulnerável, penetrável apenas aos discorreres de idéias.
Mas não. Hoje sou só perguntas, hesitações.

Algo platónico

admirar
Te
mirar
muda
sentirse
desnuda
delante de
Ti
déjame tonta
atónita
ya estás en mis sueños
sin que
yo permita
invadiste mis ojos
y hasta cerrados Te veo
invadiste mis sentidos
y hasta a lo lejos Te siento
hasta callada Te llamo
aunque sabiendo que nunca Te tendré en mí
aunque sabiendo que tampoco saldrás de aquí
Qué es
Quién es
Qué quiero
Qué pienso
-no sé
sólo tengo preguntas
ni sé si quiero encontrar las respuestas
talvez quiera solamente vivir
sin mas
sin más
sin si
sí.

26/07/04

Ojos sin miradas

Corri, andei tanto
Rostos eu vi
Olhos, dentes, cabelos
Cabeças, pés, mãos
Tudo me chamou
Nada me deteve
Só, completamente só
E havia tantos ali
Milhares, e ninguém
Que misterioso artifício é esse?
Não o possuo como um dia o tive?
Perdi-lo
Agora não sei.
Não há a quem falar
Caleiram:
calaram
calei
cai
Estou por um triz

vida

Um texto e todos os pontos. Colocações corretas, inferências cabíveis, figuras louváveis. Uma vida e todos os meios. Horizonte longínquo, caminho baço, quedas.