Saturday, October 29, 2005

VIVER

Viver...
É como acordar numa das primeiras manhãs de janeiro e ter que recolher-se em casa por causa de uma torrencial chuva que ferve a água do mar.
É como fazer uma longa viagem, mas que independente se de trem, carro ou avião, sempre em pé... a pé...
É voar sem ter asas
É comer sem ter fome
É dar sem nada ter, ou ter sem nada dar
Es darse
Na vida há de tudo, por isso todos a têm.
Há os que têm muito, mas não há os que não têm nada – estes, ainda que nada, têm...
E há os que são muito, os que se fazem de muitos pra ser um tudo na vida de outros... de um alguém... de todos.
É aí que estás.
Mil faces; mil jeitos; mil atos; mil olhares; mil traços, trajetórias e transações; mil sentimentos... um só coração... Mil mundos aí dentro.
Decerto, tuas marcas não circulam em nossos sangues - teu ventre nunca de abrigo se fez- mas és tu a materialização da força maior que nos une e incentiva o consentir, continuar e concluir deste ocorrer indecifrável ao qual chamamos vida.

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